E a rotina continua. Mais dois dias se passaram e acredito que com o passar do tempo vou garantindo meu próprio espaço e tenho maiores liberdades. Aqui continua chovendo. Segundo a Ute, a partir de amanhã o sol vai brilhar, algo que desde que cheguei neste país não vi. Devo dizer que me sinto mais disposto, talvez seja por conta da própria chuva. De qualquer forma, gostaria de me adaptar ao clima conforme o tempo, afinal, um verão com preciptações brasileiras n+ao era exatamente o que esperava.
Sempre tenho acompanhado o Claudio à escola. Primeiro porque me fay bem o que os alemães definem como “spazierengehen”, algo como “passear”, Segundo que eu gosta de andar pela cidade, que é bonita.
Há ainda outras coisas a serem definidas. Meu visto de permanência deve ser modificado, mas a Ute me explicou que seria melhor enviar por correio, pois a senhora que é responsável pelo que chamamos de “Ausländerbehörde” (sessão de estrangeiros), é uma pedra no sapato. Bem, isso foi o que ela disse. Além do visto, restou-me uma contra num banco, que logo tratei de abrir, pois eles têm taxas reduzidas para estudantes, conforme um atendente estilo RBD me explicou.
Falando em estilo, é curioso como as pessoas se vestem e se arrumam. Os jovens têm sempre um cabelo liso, jogado para o lado com uma fraja ao estilo EMO. As calças são apertadas e as camisetas com alguma coisa escrita, seja uma marca ou frases aleatórias. Como tem chovido muito, as pessoas usam jaquetas especiais para chuva, dessas de poliéster, para não se molharem. Ou melhor, não molharem o tronco, porque o resto… Guarda-chuva aqui parece ser coisa de outro mundo! Todo mundo encara a chuva sem nenhum receio. Nem os cachorros, que são obrigados por seus donos a desfilarem nas ruas todos os dias, faça chuva, faça sol.
Costumes e culturas à parte, tudo corre bem.